As novas mídias na música

7 11 2010

Quando do lançamento do livro The Language of New Media, em 2001, estava no auge a briga da indústria fonográfica contra um sujeito chamado Shawn Fanning por um motivo que ilustra perfeitamente o impacto das novas mídias na sociedade e a necessidade de adaptação das antigas mídias e corporações responsáveis por elas.

 

Então com 19 anos, Fanning criou o Napster, primeiro programa de troca de arquivos de música (mp3, principalmente) em rede P2P.

Pela primeira vez (pelo menos com tanta facilidade), era só conectar e digitar a música que queríamos que, em questão de minutos, ela seria toda nossa e, melhor, gratuitamente.

Ao mesmo tempo em que encheu nossa vida de alegria, Fanning e seu programa “altruísta” criaram inimigos como a RIAA (Recording Industry Association of America) o órgão regulamentador dos direitos autorais nos EUA, todas as gravadoras imagináveis e uma porção de artistas, encabeçados pelo Metallica e, no meio de 2000, conseguiram entrar com um mandato de segurança para bloquear todo o material com direito autoral.

Ficamos órfãos por pouco tempo, uma vez que o Napster deu cria e, programas iguais – e outros, aprimorados – surgiram pra nos acolher.

O primeiro para o qual migrei foi o Imesh, com sua joaninha egocêntrica – que eu jurava ser uma melancia – que impossibilitava que fizesse qualquer outra coisa no computador que não gravar uma música de 4mb, pois tudo travava ou ficava incrivelmente lento;

Foi logo superado pelo Kazaa, que permitiu que gravássemos vídeos – embora houvesse certa dificuldade em achar um que não fosse pornô;

O Emule ficou muito famoso, mas pra mim não passou de lenda. Nunca consegui gravar nenhuma música nele, já que a velocidade ficava sempre 0,1 e 0,2mb/s;

Já o Soulseek permaneceu por muito tempo como meu favorito. Na busca apareciam os resultados separados por álbum, havia umas gravações mais raras e ainda a possibilidade de chat com outros usuários – embora eu tivesse pânico que qualquer desconhecido que viesse me perguntar se eu tinha a versão ao vivo da música x.

Hoje em dia, é só digitar a música que queremos no Google que haverá milhões de links pra baixar ou então correr no YouTube que encontramos quase tudo o que queremos. Inclusive esse vídeo do Lars Ulrich, baterista pigmeu do Metallica, dando chiliquinho num esquete no VMA de 2000.


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9 11 2010
fejao2

eu lembro quando eu ficava procurando as músicas uma por uma no kazaa XD ainda bem q agora tem torrent pra baixar logo a discografia inteira

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