Quando do lançamento do livro The Language of New Media, em 2001, estava no auge a briga da indústria fonográfica contra um sujeito chamado Shawn Fanning por um motivo que ilustra perfeitamente o impacto das novas mídias na sociedade e a necessidade de adaptação das antigas mídias e corporações responsáveis por elas.
Então com 19 anos, Fanning criou o Napster, primeiro programa de troca de arquivos de música (mp3, principalmente) em rede P2P.
Pela primeira vez (pelo menos com tanta facilidade), era só conectar e digitar a música que queríamos que, em questão de minutos, ela seria toda nossa e, melhor, gratuitamente.
Ao mesmo tempo em que encheu nossa vida de alegria, Fanning e seu programa “altruísta” criaram inimigos como a RIAA (Recording Industry Association of America) o órgão regulamentador dos direitos autorais nos EUA, todas as gravadoras imagináveis e uma porção de artistas, encabeçados pelo Metallica e, no meio de 2000, conseguiram entrar com um mandato de segurança para bloquear todo o material com direito autoral.
Ficamos órfãos por pouco tempo, uma vez que o Napster deu cria e, programas iguais – e outros, aprimorados – surgiram pra nos acolher.
O primeiro para o qual migrei foi o Imesh, com sua joaninha egocêntrica – que eu jurava ser uma melancia – que impossibilitava que fizesse qualquer outra coisa no computador que não gravar uma música de 4mb, pois tudo travava ou ficava incrivelmente lento;
Foi logo superado pelo Kazaa, que permitiu que gravássemos vídeos – embora houvesse certa dificuldade em achar um que não fosse pornô;
O Emule ficou muito famoso, mas pra mim não passou de lenda. Nunca consegui gravar nenhuma música nele, já que a velocidade ficava sempre 0,1 e 0,2mb/s;
Já o Soulseek permaneceu por muito tempo como meu favorito. Na busca apareciam os resultados separados por álbum, havia umas gravações mais raras e ainda a possibilidade de chat com outros usuários – embora eu tivesse pânico que qualquer desconhecido que viesse me perguntar se eu tinha a versão ao vivo da música x.
Hoje em dia, é só digitar a música que queremos no Google que haverá milhões de links pra baixar ou então correr no YouTube que encontramos quase tudo o que queremos. Inclusive esse vídeo do Lars Ulrich, baterista pigmeu do Metallica, dando chiliquinho num esquete no VMA de 2000.
eu lembro quando eu ficava procurando as músicas uma por uma no kazaa XD ainda bem q agora tem torrent pra baixar logo a discografia inteira